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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Esforço pela unidade entre os cristãos deve ser inquestionável" Publicado a 05 Fevereiro 2011 por Filipe Reis "O cardeal alemão Walter Kasper, presidente emérito do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (CPPUC), disse hoje em Lisboa que o diálogo estabelecido nos últimos anos entre as várias Igrejas é “um processo irreversível”. Numa conferência proferida na sede da Universidade Católica Portuguesa, este responsável afirmou que “as Igrejas e cristãos separados já não se encontram como inimigos ou competidores”. A intervenção foi dedicada ao tema «Que todos possam ser um. Uma visão da unidade cristã para a próxima geração». O cardeal Kasper considera que os cristãos devem apostar num “ecumenismo espiritual”, ou seja, a partilha da “vida”, nos seus aspectos concretos, e não apenas de “ideias”. “O ecumenismo espiritual não se restringe a um lote de peritos escolhidos, é acessível e obrigatório para todos”, precisou. Lembrando o seu trabalho no CPPUC, este responsável declarou que as “possibilidades” que hoje se abrem neste diálogo ecuménico deveriam permitir dar “não só um, mas dois ou três passos em frente”. Falando numa “nova fase” do diálogo entre os cristãos, o cardeal alemão assinalou que “a unidade deve ser distinguida da uniformidade”, frisando que este processo “não é fácil e vai levar muito tempo”. (...) Para este especialista, o ecumenismo não deve ser um mero “assunto académico” nem embarcar num “activismo” inconsequente. “O ecumenismo não é uma invenção humana, uma questão ou um interesse político”, referiu. O cardeal alemão passou em revista as principais divisões entre as Igrejas, separadas, nalguns casos, desde o século V, e os passos dados no diálogo com as mesmas, por parte da Santa Sé. Sobre a relação com as Igrejas Ortodoxas, divididas desde o século XI, D. Walter Kasper pediu “paciência e tempo”, sobretudo no que diz respeito à definição do papel do Papa e a sua autoridade universal (primado). (...) Na sua conferência, o teólogo germânico destacou que todos os Papas que se seguiram ao Concílio Vaticano II (nos anos 60 do século passado) “reafirmaram” o compromisso de actuar pela unidade entre todas as Igrejas e comunidades cristãs." Fonte: Agência Ecclesia (negritos meus para destaque) Permita-me alguns breves comentários. 1. Que o diálogo ecuménico é um "processo irreversível", até sou capaz de acreditar; agora, que todos cedam princípios e valores nessa comunhão, isso já não é garantido - nem que seja apenas por um pequeno grupo... Por isso, quando dizem que o ecumenismo é obrigatório, lamento, mas é uma obrigação que não será respeitada por todos! 2. "Que todos possam ser um" é um excelente princípio! Mas que o sejam em torno de princípios bíblicos e não da tradição de homens, que deturpa a Escritura. 3. Sim, o ecumenismo, conforme se apregoa, é uma invenção humana com objetivos políticos! É por essa razão que não se discutem temas bíblicos que, inevitavelmente, iriam provocar confronto, mas apenas se concentra a discussão em assuntos (mais ou menos) comuns, que não provoquem (demasiada) divergência. 4. Finalmente, a suposta "autoridade universal" do Papa. Além da crónica falta de fundamento bíblico para tal presunção, é caso para perguntar: se nem na própria Igreja consegue ter essa autoridade (veja-se os padres que casam, têm filhos, apoiam o uso do preservativo, etc.), como querem que ele a tenha em toda a cristandade?!! (Paradoxal e espantosamente, a verdade é que acabará mesmo por tê-la...) Quanto a autoridade universal, basta-me a Bíblia.

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